terça-feira, 23 de novembro de 2010

Ligados às máquinas.

Claro que, apesar dos tempos de "época alta", o que significa atender muitas chamadas em grandes períodos de tempo sem parar, também existem os períodos "mortos", em que temos de trazer um livro para passar as horas. Esses períodos costumam coincidir no Natal e na época do Verão, embora não seja regra geral, uma vez que num call-center o imprevisível está na ordem do dia. Como somos uma linha que trabalha todos os dias, das 8h da manhã até à meia-noite, incluindo fins-de-semana e feriados, e lidando com clientes a nível internacional, é de esperar que durante a maioria dos feriados nos "caiam" telefonemas da outra parte do mundo.

Voltando aos tempos mortos...é lixado estar ligado às máquinas só como nós estamos. São muitas próteses tecnológicas juntas (os headsets - aka bandoletes - ficarão para outra altura), aliadas a um controlo estrito que contabiliza tudo, desde as pausas até aos atrasos. Não queiram fazer mais um minuto de pausa do que aquele que é estipulado. Não queiram chegar um minuto atrasados: isso vai reflectir-se nos vencimentos.

O que queria mesmo falar é do paradoxo de estarmos ligados às máquinas, quando nos tempos mortos estamos estritamente proibidos de navegar na internet ou, aplicando o correcto termo técnico, de "consultar páginas fora de âmbito". Podemos passar uma hora a olhar para o ar, ai de quem tente abrir o Gmail. Por outro lado, os livros e as revistas são sempre bem-vindas. Isso já não traz problema algum, independentemente de ser mais indecoroso estar no escritório a ler uma revista do que a ver, discretamente, uma página na internet. Mas regra são regras. Nada a fazer.

Sem comentários:

counter to blogger

garden tips